quinta-feira, março 28 2024

Por Bruno Carvalho

[contém spoilers] O primeiro guarda de Alcatraz reapareceu…  E a série não poderia estar menos interessante. Com 5 episódios já exibidos, o drama segue sendo conduzido no automático, com uma direção sem nenhuma inventividade, repleto de histórias aborrecidas e “caçadas” sem a menor emoção nos casos da semana. Com Guy Hastings não foi diferente. Mantendo a tendência de todos os desaparecidos inexplicavelmente retornarem excessivamente agressivos, o episódio já começou incoerente com a visita do ex-guarda à sua própria residência onde ele guardava – por trás de uma tábua secreta – fotos da família que morava na mesma casa com ele. Ora, quem mantém em segredo fotos de entes queridos com os quais convivem? Apenas roteiristas preguiçosos de uma série que recusa-se a avançar a qualquer custo. Todo este capítulo serviu apenas para estabelecer que, conforme já sabíamos, a policial Rebecca Madsen possui um envolvimento familiar maior nisso tudo.

“Oh, o Ray é irmão do Tommy Madsen”; “Oh, então o tio afetivo dela é tio mesmo”. Estas revelações mudaram minha vida. Eles estão claramente tentando repetir a dinâmica funcional de Fringe aqui, conforme comentamos no Podcast: do envolvimento de Olivia com Walter nos casos de Cortexiphan (Rebecca e Hauser) à função de elo com o público realizada por Peter (Diego Soto), mas sem o menor esmero.  Alcatraz ainda anda pecando em termos de produção. Enquanto no episódio piloto as locações retratavam, ainda que usando chroma key, pontos importantes da cidade de São Francisco, agora a utilização de locais “geméricos” denota a falta de esforço técnico, evidenciando a limitação inerente pela série ser quase toda gravada no Canadá. Isto seria perfeitamente aceitável e irrelevante se o roteiro focasse mais no desenvolvimento de seus personagens principais – notadamente o estático Emerson Hauser – e numa melhor condução da trama principal e do mistério do desaparecimento e reaparecimento de centenas de pessoas que, convenientemente, continuam sendo “liberadas” a conta gotas, uma a uma. Está difícil. Alcatraz não vai nada bem… not at all.

14 comments

  1. Realmente Alcatraz não está nada bem.Todo episódio tem alguém que desapareceu de Alcatraz e no final a “Alcatraz Division” captura o viajante.Sei lá, deviam muar um pouco. Talvez focar mais nesses personagens principais, a real ligação deles com a prisão… Tomara que façam isso depois desse episódio.

  2. Larguei sem dó nem piedade. A série é pura reciclagem de Fringe!

  3. Esse foi o último episódio que assisti dessa série, claramente não vai render muita coisa. A série tem uma dezena de problemas, muitos citados no texto acima, e acrescento ainda a protagonista que é bonitinha mas não tem carisma nenhum, tenta as vezes fazer caras e bocas, mas não convence, falta o charme de uma Anna Torv da vida.

  4. Respeito sua opinião, Bruno, mas estou gostando muito do que estou vendo. E digo uma coisa: os 5 primeiros episódios de Fringe instigaram muito menos o público do que os 5 de Alcatraz. Já há uma mitologia sendo desenvolvida. Aos poucos um quadro já vai sendo pintado e teorias começam a pipocar nossas mentes. Que eu me lembre, Fringe, com 5 episódios só chamava a atenção pelos “casos da semana”, que pareciam muito mais uma versão requentada de Arquivo X.

    Sei lá, acho que comentar série é o mesmo que comentar futebol. O cara passa 90 minutos malhando um jogador e chamando o técnico de burro. De repente, o jogador vai lá e decide o jogo no último minuto, queimando a língua do comentarista.

  5. Ta dificil mesmo… Estava torcendo para que melhorasse, mas não consigo me importar com os personagens… Vou ve se aguento um pouco mais ou faço igual fiz com Falling Sky… que foi uma das poucas series que larguei por não aguentar mais…

  6. Vi a série sem qualquer entusiasmo até o episódio 4, mas quando tive a chance de baixar o quinto me vi sem a menor vontade de fazer. Adeus Alcatraz.

  7. Perfeito! Agora vou dar chance para Touch, essa Alcatraz não da mais, infelizmente!

  8. Não falei em serem melhores. Falei em INSTIGAR, em relação à mitologia, propor discussões, teorias. Os 5 primeiros de Fringe foram fundamentalmente independentes, com pouquíssimas pistas do que realmente se trata a série. Sim, são ótimos episódios, mas em geral, soltos.

    Duvido que após o episódio 5 de Fringe houvessem tantos fãs fervorosos como hoje. Fã que eu tb sou.

  9. Bom… não li todos os posts e nem vi esse episódio mais recente ainda.

    Mas tem uma coisa que me ficou na cabeça… o primeiro cara que “reaparece” na série, no primeiro episódio, o faz NA ILHA DE ALCATRAZ. Será que todo mundo chega lá e consegue sair de fininho, sem ninguém perceber???

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