quarta-feira, abril 17 2024

 

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Ontem à noite, Game of Thrones fez história com a batalha mais espetacular e grandiosa já vista na TV mundial. No decorrer de cinco anos, a HBO e os realizadores da série fizeram o possível e o impossível para dar veracidade ao grandioso universo de Westeros. Durante essa jornada, contemplamos três incríveis episódios focados em combates: Blackwater, The Watchers on the Wall, e é claro, Hardhome. Em Battle of the Bastards o desafio dos showrunners David Benioff e D.B. Weiss não era nada invejável: retratar o grande evento do episódio 9 (que normalmente, o mais importante da temporada): o confronto entre as forças de Jon Snow e Ramsay Bolton, de uma maneira que fizesse jus ao hype. As chances da Batalha dos Bastardos ficar aquém das expectativas eram grandes.

Felizmente, nossos medos foram infundados, já que D&D convocaram o diretor ideal para essa empreitada: Miguel Sapochnik, que também comandou o massacre de Durolar. Ao focar nos dois principais núcleos da série (o Norte e Meereen, numa bela rima narrativa, já que ambos representam, respectivamente, o Gelo e o Fogo), se beneficiou ganhando mais tempo para desenvolver a sua narrativa (e ao mesmo tempo, aliviou a quantidade de acontecimentos do season finale).

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Em Meereen, o retorno de Daenerys finalmente trouxe o gás que faltou para esse núcleo durante toda a temporada. Logo no início do episódio, tivemos um maravilhoso show de efeitos visuais nas tomadas aéreas dos dragões queimando a frota inimiga. Aquilo pode rivalizar facilmente com qualquer filme de fantasia recente, ganhando com folga pela representatividade da cena. Além disso, também vimos o esperado reencontro entre Daenerys e os Greyjoys. Foi um detalhe bacana terem lembrado que Tyrion e Theon já tinham interagido na primeira temporada e ficou bem evidente o contraste nas posturas e nas ações dos dois personagens em relação ao encontro anterior, após tudo o que passaram. Para completar, tivemos os ótimos diálogos de Daenerys com Tyrion e os Greyjoys, que resultaram numa nova aliança e na promessa de corrigir os erros cometidos pelos seus pais.

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Enquanto isso, em Winterfell, após uma extensa preparação de terreno que durou oito episódios, os espectadores finalmente ganharam a sua recompensa. A maior batalha que o Norte já viu foi exatamente tudo o que os produtores prometeram: uma sequência épica, grandiosa, perturbadora e emocionante. É difícil dizer qual foi o momento mais inesquecível, começando pela trágica morte de Rickon (que simboliza a maneira como a série quebra as expectativas dos fãs), passando por um belo plano contínuo de Snow lutando no meio do campo da batalha, numa cena envolvendo escudos ao melhor estilo 300, culminando no sacrifício de Wun Wun e o aguardado duelo entre os dois bastardos. Mas se eu tivesse que escolher um momento favorito, com certeza foi Snow debaixo de uma montanha de corpos e se esforçando para escapar (que certamente levou o espectador junto naquele pesadelo). Tudo filmado brilhantemente por Sapochnik, que ressaltou a claustrofobia e a angústia da guerra, auxiliado pela belíssima fotografia e os melhores efeitos visuais que a HBO já colocou em prática. A chegada de Mindinho e dos cavaleiros do Vale foi um deus ex machina, mas ao menos era um evento esperado e adiantado pelo roteiro

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Mas um dos pontos altos do episódio foi a interação de Sansa com os dois bastardos. Primeiro, Sansa mostrou ao irmão o erro que ele estava cometendo ao subestimar Ramsay, e também estava correta ao já adivinhar o destino de Rickon (e a frieza da personagem nessa cena mostra até onde a personagem amadureceu, após tantos anos de dor e decepção). Para encerrar, a última conversa entre Sansa e Ramsay culminou numa morte bastante aguardada pelos fãs, e que foi emocionalmente satisfatória, especialmente pela forma com que foi conduzida e comemorada.

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Resta agora esperar pelo season finale intitulado The Winds of Winter, que terá a ingrata missão de superar toda a grandiosidade desse episódio, ao mesmo tempo em que encerrará todas as subtramas da sexta temporada.

Que bela hora de televisão!

5stars

Observações:

  • Tyrion mencionou para Daenerys o plano de Aerys para queimar Porto Real. Isso parece ser mais um foreshadowing de que Cersei utilizará o fogo vivo para destruir Porto Real no season finale (que fique registrado que isso é apenas uma teoria, não spoiler).
  • Davos encontrando o lugar onde Shireen foi queimada basicamente assinou a sentença de morte da Melisandre.
  • Ramsay foi um personagem terrível, mas brilhantemente interpretado por Iwan Rheon. Mais um grande ator que deixou a sua marca na série.

16 comments

  1. Foi realmente um episódio incrível, talvez o melhor de toda a série. Tanto na grandiosidade da produção como no caminhar da história e seu desfecho.
    Os diálogos envolvendo a Sansa, para mim, foram os melhores do episódio. Agora sim a personagem evoluiu, se tornou corajosa e pode ser chamada de Rainha do Norte.
    Com certeza o episódio 10 vai ter um ritmo mais lento, para concluir a temporada. Estou bem curiosa para saber o que o Davos vai fazer com a Melisandre, pois não acho que a Sacerdotista seja tão fácil de matar.

  2. Hum este fogo vivo não seria o assunto que a Cersei estava tratando no episódio 7? Fiquei com um medinho do sorriso da Sansa na última semana…que ninguém se meta com a moça.

  3. O episodio 10 nao tera nem uma ingrata missao de superar o episodio 09. Quem assiste GOT sabe que o episodio de numero 10, sempre foi mais morno do que seu antecessor. Sempre foi assim !!!

  4. Correto. Episódio 10 é fechamento de todos os arcos em aberto. Mas que esse 10 promete, ah, isso ele promete!

  5. Deus ex machina é quando surge algo do nada pra resolver uma situação. A chegada do Mindinho já era esperada devido à carta da Sansa e tudo mais, não foi algo jogado.

  6. Eu tive a impressão de q a Sansa ficou decepcionada ao ver que o Jon Snowbtava vivo ainda! Estou errada? Pq ela teria conseguido toda aquela frota e não contou p ele? Eu acho q ela armou com o Mindinho p chegarem no fim já imaginando que o Jon teria morrido,

  7. Ela havia pedido ajuda,mas como não tinha recebido uma resposta preferiu não comentar mas ainda assim mesmo que o reforço fosse uma possibilidade e não uma certeza,ela deveria sim ter comentado isso com ele.
    Mas não acho que isso faça parte de algum plano,penso que foi apenas uma escolha dos roteiristas para poder ter o cliche de Jon Snow e seu exercito quase derrotados e na última hora chega a cavalaria e vira a batalha.

  8. Aquele que o Tywin morre foi melhor que aquele nove todo na muralha.

  9. Tbm acho q foi mencionado demais, e até mostrado, o amor do Rei Louco pelo fogo vivo, além de q naquelas visões do Bran mostra o fogo vivo tomando conta dos profundezas de Porto Real, e aquilo não aconteceu, foi uma visão do futuro q vai acontecer agora no final, como disseram Carol Moreira e Mikannn com 3 n’s no final.

  10. Tbm acho q foi mencionado demais, e até mostrado, o amor do Rei Louco pelo fogo vivo, além de q naquelas visões do Bran mostra o fogo vivo tomando conta das profundezas de Porto Real, e aquilo não aconteceu, foi uma visão do futuro q vai acontecer agora no final, como disseram Carol Moreira e Mikannn com 3 n’s no final.

  11. Alguém mais percebeu um “erro” no episodio. Quando Sansa tem a última conversa com Ramsay, ele afirma que os cães são fieis e não iriam come-lo, e ela diz que como ele mesmo havia dito, os cães estavam famintos à 7 dias sem comer. Assistindo ao episódio pela segunda vez, reparei, que sim, ele diz isso mesmo, mas quando ele fala, nota-se que a Sansa não está mais presente na conversa.

    Fiquei pensando sobre isso… rs

  12. No intervalo(que não é mostrado) deles levando o Ramsay pro calabouço, o Jon Snow poderia muito bem ter falado pra ela. Afinal, não é mostrado quando eles amarram o Ramsay e deixam ele preso.

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