sexta-feira, abril 19 2024

As transformações sociais trazidas por serviços de streaming como a Netflix ainda estão acontecendo e hoje vivemos no meio de mudanças. Em um mundo onde 2,4 bilhões de pessoas e mais de 206 milhões de brasileiros recorrem a seus smartphones em busca de entretenimento, o que era privado está se tornando público.

Hoje são milhões de pessoas que aproveitam para baixar e assistir a programas da Netflix em dispositivos móveis. As maratonas não mais se limitam mais à privacidade de casa e a empresa registra uma alta histórica de 25% na utilização de dispositivos móveis entre os assinantes. Esse novo hábito de consumo surge entre maratonistas de telas pequenas, que aproveitam espaços públicos para consumir conteúdo, o que antes era feito de forma privada.

Segundo pesquisa global da streamer, 67% dos entrevistados estão dispostos a expor suas emoções em público ao assistir conteúdo fora de casa. Para eles o acesso a séries ou filmes é mais importante do que água ou comida no ranking dos itens “essenciais” para viagens em transporte coletivo, como no trajeto diário entre a casa e o trabalho. Nos trens, ônibus ou metrôs, agora é normal flagrar passageiros de olho em cenas emocionantes no celular ao lado ou às gargalhadas assistindo a uma comédia.

Ao redor do mundo, as pessoas estão assistindo Netflix em qualquer lugar

Graças à transmissão e download em smartphones e tablets, não existe mais um local ideal para fazer maratonas. O brasileiro faz maratonas em todos os lugares. De acordo com a pesquisa, o Brasil está acima da média quando se trata de assistir conteúdo em local público: em aviões (49%), no ônibus (45%), no trajeto diário (50%), em cafés (47%), em filas (39%), na academia (24%) e no carro (33%).

A tela é alvo de bisbilhoteiros

Quase metade (45%) das pessoas que assistem a filmes e séries no transporte coletivo já foram surpreendidos com bisbilhoteiros no banco de trás espiando sua tela. E no Brasil a situação é extremamente comum: 61% confessaram dar uma olhadinha no que o vizinho está assistindo. Mas não há motivo para chamar o Xerife Hopper – só 18% dos maratonistas assumidos se sentiram constrangidos pelo conteúdo visto. E mais: 77% se recusam a parar de ver sua série ou filme. Aqui a vergonha não tem vez!

A bisbilhotice pode trazer sérias consequências! 11% dos maratonistas assumidos em todo o mundo já levaram spoilers ao espiar filmes e séries de telas alheias. Já no Brasil e no México, 17% e 18% das pessoas, respectivamente, ficaram sabendo sem querer o que ia acontecer no seu programa favorito ao olhar a tela do vizinho.

Somos interrompidos por estranhos

Mais de um quarto (27%) dos maratonistas assumidos já foram interrompidos por estranhos interessados em engatar uma conversa sobre seus filmes ou séries. Aproximadamente um em cada três latino-americanos já teve seu filme ou série interrompido por um estranho puxando papo. Mas não há motivo para preocupação. Provavelmente os intrusos só estão com ciúmes porque não lembraram de baixar Narcos antes de sair de casa.

Temos coração mole

Não importa o quão meticulosos somos em nossos posts nas mídias sociais; na vida real, risadas ou lágrimas não têm filtro. A maioria dos maratonistas assumidos já gargalhou na frente de desconhecidos (65%) e um em cada cinco já chorou diante da tela. Os mexicanos, colombianos, chilenos e brasileiros são os mais emotivos. Em contrapartida, é improvável flagrar um alemão aos prantos em plena maratona no transporte público. Para disfarçar as emoções, três técnicas foram apontadas:

  • 38% dos entrevistados sugeriram que o melhor a se fazer é simplesmente fingir que nada aconteceu e continuar a assistir;

  • 23% disseram que parar de assistir ao filme ou à série é a melhor solução;

  • 21% decidiram que cobrir a tela pode ser uma boa saída.

Globalmente, os homens têm comportamentos diferentes aos das mulheres

Quando algo embaraçoso acontece, 23% dos homens cobrem as telas, contra 19% das mulheres. Se eles forem pegos rindo ou chorando enquanto assistem a algo em público, a tendência de 16% dos homens é arrumar uma desculpa, enquanto apenas 11% das mulheres justificam o porquê das lágrimas ao assistir o reencontro de Hopper e Eleven.

No fim das contas, para assistir ao que adoramos, vale correr o risco de levar spoilers ou enfrentar o constrangimento ao assistir a uma cena quente entre estranhos. Então, da próxima vez que sair de casa, não se esqueça de levar seu filme ou série favorita.

Países que mais assistem Netflix em público:

  1. México (89%)

  2. Índia (88%)

  3. Filipinas (86%)

  4. Tailândia (86%)

  5. Colômbia (84%)

Países da América Latina que mais assistem Netflix em público:

  1. México (89%)

  2. Colômbia (84%)

  3. Chile (82%)

  4. Argentina (78%)

  5. Brasil (77%)

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