sexta-feira, abril 26 2024

Dracarys! Série empolga em episódio que amplia os reais postulantes ao trono de ferro

Game of Thrones 304[com spoilers do ep. 3×04] Considerando tudo que já vimos sobre o regicida adepto do incesto, jamais pensei que fosse dizer isso, mas a verdade é que cheguei a ter uma certa pena de Jaime Lannister na abertura deste ótimo quarto episódio da terceira temporada de Game of Thrones. Sim, havia um certo senso de justiça torta na humilhação sofrida pelo homem que agora se descobre incapaz de segurar uma espada apropriadamente e é “obrigado” a beber urina de cavalo, mas, ao mesmo tempo, um choque de realidade bem vindo – refletido pelas palavras de Brienne (“Você sofre um revés e já quer desistir?”) – que curiosamente deve ajudar a humanizar  Jaime tornando-o, no processo, um personagem mais interessante dentro da trama, creio eu.

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Numa outra frente ainda mais importante deste “And Now His Watch Is Ended” (título que remeteu à morte do comandante dos Patrulheiros da Noite, claro), destaque para o jogo de manipulação perpetrado pelos Tyrell (note como Margaery passa a dominar Joffrey simplesmente na base da bajulação) em ações que ajudam a denotar a clara percepção de quão frágil é o poder estabelecido pelos Lannister na capital de Westeros. Lá, peças importantes e influentes como Varys (que revela sua curiosa história para um, a princípio, desinteressado Tyrion), também agem para defender seus próprios interesses atuando pelas sombras e ajudando o novo clã candidato ao trono de ferro em sua agenda. Assim, quando o eunuco se aproxima de Olenna Tyrell para quem descortina o real motivo de Mindinho ter se interessado por Sansa, ele também acaba despertando neles uma espécie de resposta que pode ser enxergada no fato de Margaery “seduzir” a irmã de Robb Stark com a promessa de segurança que viria de um casamento com seu irmão, Loras, o cavalheiro das Flores.

E se as jornadas envolvendo a Irmandade sem Bandeiras (com quem Arya está) e a de Theon Greyjoy (que, pouco antes de descobrir ter sido “vítima” de um jogo obscuro de seus captores, chega a refletir sobre as escolhas equivocadas que fizera em relação a Winterfell) surgem ainda desconexas do restante da trama, o mesmo jamais poderíamos dizer sobre aquela que envolveu as iniciativas de Daenerys em Astapor. Afinal, ao dar seu xeque mate contra a liderança retrógrada e desprezível da ilha celeiro de escravos (lindíssimo o plano em que ela se afasta pouco antes de ordenar o golpe final de um de seus dragões), a melhor personagem de Game of Thrones (ao lado de Tyrion, claro) não apenas se estabeleceu como uma figura imponente e digna de respeito frente seus milhares de novos comandados, mas também como a mulher que impressiona pela ousadia e pela audácia de ser provavelmente a única pessoa que realmente mereça ganhar esse jogo dos tronos. Dracarys! Team Daenerys to the victory!

5star

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