quarta-feira, maio 1 2024

Ryan Murphy e Brad Falchuk acertam o tom na 2ª temporada da série do FX

Quando eu soube que a nova temporada de American Horror Story ganharia um reboot que incluiria até o retorno de alguns atores de seu irregular primeiro ano, reagi precocemente com um, “Ah, lá vem esse picareta do Ryan Murphy que não sabe desenvolver personagens com mais um golpe novo.” Dito isso, passados 6 episódios da 2ª temporada, posso dizer que nunca fiquei tão feliz por ter me precipitado num julgamento porque a grande verdade do momento é que a série de horror que o autor de Nip/Tuck criou com seu parceiro de Glee, Brad Falchuk, não só está absolutamente irretocável nessa nova fase batizada de Asylum, como também merece o destaque por ser uma das melhores coisas em exibição na TV hoje para quem gosta (e até para quem não gosta) do gênero.

E o ponto que explica essa grande melhora de AHS na verdade é bem simples, já que ao passo em que o 1º ciclo da série apostava exclusivamente no sobrenatural e nos conflitos de uma família como base de sustentação de sua narrativa, esse novo de Asylum faz uma mescla mais ampla e bizarra de elementos variados (abduções, possessões, freiras sádicas, torturas físicas e psicológicas, segredos obscuros etc), mas que juntos funcionam de maneira eficiente em prol da história que se passa no hospital psiquiátrico Briarcliff. Afinal, é naquele local (administrado pela ‘santa’ Igreja), que um nazista foragido (papel do ótimo James Cromwell) encontra o refúgio perfeito para fazer experiências horrendas com alguns pacientes sob o olhar conivente de seu superior, o monsenhor feito por Joseph Fiennes; ou onde Jude (Jessica Lange), mulher com culpas do passado, tenta expurgá-las tornando-se uma freira com hábitos e métodos questionáveis no que tange ao tratamento dos pacientes do lugar. Aliás, por falar neles é curiosa como a miríade de tipos (uma ninfomaníaca, um suposto assassino serial, uma que matou a própria família e por aí vai) e a reação que cada um tem frente o ‘tratamento’ que recebem, ajuda a criar a ambientação psicologicamente assustadora que o asilo denota mesmo nos momentos de maior calmaria geralmente acompanhados pelo som contínuo da canção francesa, Dominique. Assim, quando a repórter Lana Winters (Sarah Paulson) vê sua vida virar de ponta cabeça ao questionar o funcionamento de Briarcliff e seus gestores, ela acaba descobrindo, com a ‘ajuda’ do terapeuta Oliver Thredson (Zachary Quinto), que o mal e suas origens tem disfarces muito mais complexos do que ela jamais pôde imaginar. Em resumo: se você ainda não acompanha American Horror Story, ignore a 1ª temporada, mas não deixe de conferir a atual. É um programão.

American Horror Story é exibida no Brasil pela Fox às terças-feiras logo após The Walking Dead.

10 comments

  1. Finalmente vejo alguém fazer justiça com o excelente segundo ano da série. Normalmente as pessoas julgam a série pelo irregular primeiro ano e, não raro, dão a impressão de que sequer assistiram ao ano atual antes de criticar.
    Aliás, essa é a grande vantagem das séries antológicas: cada temporada funciona como se fossem “minisséries individuais”, e o fato de ter não ter gostado da temporada anterior, não impede que a gente possa gostar da atual, detestar a posterior, e assim por diante.

  2. Confesso que não assisti a primeira temporada, mas assim que vi os promos da segunda temporada ñ teve jeito: comecei a assistir! Já vi 4 dos 6 episodios exibidos e fiquei realmente impressionado com o terror psicologico que a série apresenta.

  3. Sempre achei preconceito da parte de quem criticava o Ryan Murphy pela decisão de colocar uma história em cada temporada. É óbvio que nem o melhor dos roteiristas seria capaz de estender por mais de uma temporada a trama de uma família que vive numa casa assombrada. O próprio Murphy tirou leite de pedra na ótima primeira temporada pra justificar a presença da família ali por mais de nove meses. Imagina fazer isso por anos a fio. A decisão de mudar a história toda foi a mais acertada possível, e a prova disso está nessa segunda temporada, que também não teria a mesma graça se se estendesse por mais tempo do que está previsto.

    E não ignorem a primeira temporada não. Ela não é tão assustadora ou caótica quanto essa segunda, mas sua história é tão bem amarrada quanto.

  4. Aproveitando q vcs aqui do ligado em serie estao de boa fe c ryan, aproveitem e vejam THE NEW NORMAL. eh sensacional essa nova serie comica deles.

  5. A primeira temporada eu larguei depois do segundo episodio… e ainda me achei guerreiro de chegar tã longe! péssima!!!! Ja a segunda comecei a ver devido aos teasers sinistros que foram incessantemente divulgados e sou grato por isso… a segunda temporada, junto com The Walking Dead e Homeland são as melhores coisas em exibição na atualidade!

  6. Que bonitinho ver o pessoal defendendo aquela merda que foi a primeira temporada! E tentando achar argumentos ainda… hahahah

  7. Ignore a primeira temporada? Milhares d pessoas adoraram a primeira temporada, ngm tem culpa q esta gente tenha mau gosto! Os actores eram espectaculares e a história era interessante, eu nc perdi um episodio e já vi a série montes de vezes sem me cansar. Melhor série d sempre.

  8. Por favor vcs que falam que a primeira temporada é um merda, plmdds, tenham mais argumentos para falar mal… a historia da season 1 pode não ter sido tão impactante quanto esta, mas mesmo assim foi um boa 1° temporada, ai Deus, a pessoa assisti 1, 2 eps e já sai dizendo que a 1 TEMPORADA FOI UMA MERDA, aff.

  9. Concordo com quase tudo que esta escrito no artigo. Essa 2ª temporada esta fantástica!
    Mas pegou pesado falando para ignorar a primeira temporada. O primeiro ano foi muito bom. Particularmente, eu adorei!

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