Crítica | Rua Augusta: TNT começa com pé direito na produção de séries nacionais
A TNT estreia nesta semana (dia 15 às 22h30) sua primeira série nacional de ficção, intitulada Rua Augusta. Pprotagonizada por Fiorella Mattheis (Vai Que Cola), a caprichada produção tem 12 episódios de 30 minutos cada e é baseada na obra israelense Allenby St.
Ricamente ambientada numa das ruas mais emblemáticas da cidade de São Paulo, Rua Augusta conta a história de Mika (Mattheis), uma jovem que ganha a vida dançando na noate Love e se divertindo na balada Hell. As casas noturnas no coração da região chamada de “baixo Augusta” são o cenário central que unem o submundo das drogas, prostituição e diversão a qualquer custo, e é onde Mika construiu uma vida e deixou para trás um passado pouco conhecido.
A produção coloca a TNT com o pé direito na produção de séries originais brasileiras, trazendo um drama maduro e que impressiona tecnicamente em seus dois primeiros episódios, além de despertar logo de cara (o que é bem raro na recente leva de shows nacionais) um genuíno interesse pela trama e que faz o espectador querer continuar assistindo pra ver onde vai dar essa história.
Nos dois primeiros capítulos (aliás, excelente ideia de fazê-los com 30 minutos, o que a torna concisa e jamais cansativa), testemunhamos uma aparente tentativa de homicídio contra Mika, o que desenrola uma sequência de acontecimentos erráticos que envolvem o dono da boate Hell, Alex (Lourinelson Vladmir, de Carcereiros), o jornalista Emílio (Rodrigo Pandolfo, de Prata da Casa), o explosivo namorado de Mika, Dimas (Rui Ricardo, Supermax) e o policial Raul (Milhem Cortaz, Tropa de Elite).
Fotografando a famosa rua da capital paulista com lentes que flertam com o noir, os diretores Pedro Morelli e Fábio Mendonça imprimem segurança ao transportar o intrincado roteiro de Ana Reber, Jaqueline Vargas e Julia Furrer para a tela.
Rua Augusta causa uma excelente primeira impressão e tem tudo pra merecer nossa atenção pelos próximos episódios.