Série derivada de The Office felizmente não sairá do papel
Do No Harm, The New Normal, Revolution, Deception… O padrão da NBC para aprovar programas já não é lá muito alto. Por isso, quando eu soube que o canal não iria seguir com o spinoff de The Office estrelado por Rainn Wilson, The Farm, fiquei realmente surpreso. Mas depois que assisti ao “piloto”, exibido dentro da atual e última temporada de The Office (o 17º capítulo), tudo fez sentido. A série seria muito, muito ruim. O episódio começou com Dwight chegando ao escritório trazendo consigo uma “tradição” que nunca havia sido sequer mencionada nos nove anos do muckumentary: quando um membro de sua família morre, ele joga terra na cara das pessoas para convidá-las ou não para o velório. Com isso, uma “porta” ao mundo bizarro da fazenda Schrute foi aberta para que um desfile de personagens estranhos e/ou desinteressantes – muitos deles também sequer mencionados antes – começasse. As esquisitices e tradições da família de Dwight pareciam ter sido inventadas ali mesmo, na improvisação. Todos os maneirismos que eram contidos em Dwight e faziam certa graça justamente por estarem num ambiente sóbrio como um escritório, aqui viraram o tom da narrativa. Mas o pior de tudo é que The Farm simplesmente não tinha uma história para contar. O episódio nada mais foi do que uma sequência de cenas desconexas e sem graça – como irmãos brigando próximo a um túmulo, referências ao abatimento de animais e primos inconvenientes. Além disso, na ânsia de criar potenciais situações que seriam abordadas na futura comédia, os roteiristas praticamente ignoraram a história de Dwight com Angela e apresentaram um novo interesse romântico para o rapaz.
Ainda bem que, pelo menos desta vez, a NBC não deixou isso continuar. Seria pior que Joey, a série spinoff de Friends estrelada por Matt LeBlanc. The Office encerra-se este ano (finalmente) e Rainn Wilson já, inclusive, arrumou outro emprego na CBS. Melhor assim.
