quinta-feira, abril 18 2024

Por Davi Garcia

Comparado à estréia, “Home Invasion”, o 2º episódio de American Horror Story, tem lá alguns (poucos) méritos, já que, investindo num tom menos absurdamente fantástico (deram folga pro fantasma ninfomaníaco) e mais centrado no psicológico de seus protagonistas, conseguiu diminuir meu desejo de abandonar logo a série (pelo menos por enquanto) ao passo em que me deixou curioso em relação aos mistérios levantados pela estranha história apresentada até aqui. E a justificativa disso passa pelo personagem central da série: a casa. Sim, porque é ela que cataliza o esboço da trama que apresenta situações de natureza violenta e grotesca que acabam encontrando reflexo no comportamento projetado pelos personagens que interagem/atormentam a família Harmon sabe-se lá porquê.

Contudo, o grande problema da produção continua sendo sua falta de identidade (afinal, ela é uma série de horror ou apenas um suspense com toques sobrenaturais?) e a precariedade com que desenvolve os conflitos dos personagens de Dylan McDermott (um terapeuta que não consegue identificar a origem de seu próprio comportamento errático?) e Connie Britton (que faz o que pode para conferir profundidade a uma personagem que parece se dividir entre a figura de esposa traumatizada e a de mulher reativa). Aliado a isso, ainda que a razão da tortura perpetrada pelos singulares personagens coadjuvantes liderados por Constance (Jessica Lange) siga intrigante, American Horror History tem falhado na tentativa de conferir importância às ações destes ao insistir em criar cenários que até chocam (Tate dando machadas numa das invasoras da casa, por exemplo), mas que no fim não ajudam a contextualizar suas motivações. Em resumo, por motivos óbvios ainda estou longe de dizer que virei fã da série, mas admito que ela tem prendido minha atenção porque, ainda que seja problemática, ela pelo menos não é chata. O que não deixa de ser um elogio quando consideramos 90% desse Fall Season, não é mesmo?

12 comments

  1. Bem, assisti ambos os episódios e gostei de ambos. Também acho que a série está muito sem um foco, mas acho que a intenção do autor é justamente essa. Nos confundir.

    Não assisto muitas séries, então mal consigo identificar uma série chata ou não, mas o fato é que gostei da série, no geral. Ela me faz ficar confuso, enojado e ansioso, justamente o que já esperava da série (não esperava um série de horror).

    A única coisa que não caiu bem foi o erotismo, que achei demasiadamente exagerado.

  2. so eu acho q o tate eh um fantasma q so a filha e o pai veem??? tanto eh q ele nunca eh visto fora da casa. mas vamos insistir ne, o 2 foi melhor q o piloto

    p.s: ainda bem q o fantasma num eh gay pq se ele pegasse o McDermott ao inves da mae, seria uma dupla e tanto ne, 2 ninfo maniacos kkkkkkkkk

  3. Hum, pode ser mesmo e de repente o Tate é o filho ‘perfeito’ mencionado pela Constance.

    Sobre a opção sexual do fanstasma, é bom nem dar ideia. Vai que o tio Ryan Murphy se empolga :p

  4. Achei tão “Os Estranhos” a sequência do trio lá que tenta reencenar o assassinato das enfermeiras. Só faltou as máscaras serem brancas. No mais tá tudo muito solto, só sei que a down atua melhor que muita gente ali!

  5. Parece te incomodar não ter tudo mastigado na serie. Contraste com o 1o episódio de Prison Break, no seu final tudo é tão didático que é a narração te explica direitinho que papel cada personagem vai ter nas manipulações do protagonista, nem te dá chance de tentar deduzir por si mesmo.

    Por outro lado, as “desconexões” da trama de AHS te deixaram curioso pra ver o próximo episódio. Ponto para a casa mal-assombrada. :-)

    Estou gostando e vou continuar apostando.

  6. eu já acho q tem tudo mastigado.
    oq se tem lá pra deduzir por si mesmo??
    a cada episódio tem explicações sobre coisas q ocorreram nos anteriores.

  7. Ainda não assisti nenhum episódio dessa série.
    Estou muito curioso para ver a estreia amnhã no Fox.
    Mas admito estou com um pouco de medo,medo da violencia da série,e medo de não entender o enredo(como no meu caso ainda não entendi o final de Lost).
    Abraços.

  8. Curti a beça o seriado. E todo episódio é angustiante. Tento não me preocupar com os furos no roteiro como o doutor falar com a mãe do Tate sem nem conhece-la . Ou então o buraco ;e mais embaixo e todos estão mortos. Pq não é possível que todo mundo que se aproxime da família seja defunto , menos a propria ( familia ) .
    Fora que o “monstro”do porão ainda me soa fraco e esquisito demais.
    Mas o que me prende é o mistério , mesmo com respostas sendo dadas episodio após episódio .

  9. Estou acompanhando a série e confesso que, apensar de questionar o comportamento da família em se manter na casa, ou até mesmo da Viven com relação à gravidez, entendo que a série é muito boa, faltava esse tipo de enredo na televisão paga.
    Com relação à furos, acredito que fazem parte, visto que Lost foi fantástica e o que não fãltaram foram questões sem explicação.
    Gostaria da opinião atualizada dos coordenadores do site sobre essa mistura de Pet Cemetery e Sexto Sentido.

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