quinta-feira, abril 25 2024

Por Davi Garcia

Os pecados mortais de “Cherokee Rose”, o 4º episódio desse 2º ano de The Walking Dead? Investir numa gancho previsível demais (a gravidez de Lori já ficara telegrafada desde o momento em que ela pede um favor a Glen, certo?); abrir mão da sempre salutar continuidade do desenvolvimento de personagem mesmo tendo eventos propícios para explorá-los (só Shane e, em menor medida, Daryl, ganharam atenção nesse quesito) e, sobretudo, apostar numa sequência (a do poço) relativamente longa demais e que não fez nada pela história ou pelos personagens servindo apenas para garantir a quota de gore do episódio e passar a ideia de que num mundo apocalíptico como esse, Dale, T-Dog, Andrea e cia não parecem ser confiáveis o bastante na hora de tomar decisões tão triviais como usar a água dos outros 3 poços disponíveis em vez de colocar alguém como isca humana para pegar um zumbi preso em outro deles.

É inegável que a reação de Shane e seu discurso para Andrea do ‘Não Pense, apenas aja e não sinta culpa’ faz um curioso contraponto a todo conflito que ele encara na tentativa de se convencer de que atirar em Otis era a única opção disponível para salvar Carl, poder voltar vivo para a fazenda e, claro, para perto de Lori a quem ele muito provavelmente engravidou. Sendo assim, as dúvidas que ficam giram em torno de que tipo de escolhas ele ainda fará daqui para frente e consequentemente do grau de perigo que pode representar para o grupo quando seu instinto de sobrevivência ou mesmo o desejo de conseguir o que quer (leia-se, ficar com Lori) falar mais alto.

E se por um lado Shane se transforma numa incógnita ambulante, Daryl, por sua vez, revela-se cada vez mais interessante nesse universo. O discurso de conforto que ele dá a Carol falando da história por trás da rosa Cherokee, acabou sendo um dos melhores momentos do episódio, visto que trouxe uma camada nova para um personagem até pouco tempo vendido apenas como um bad boy rebelde e egoísta, mas que agora parece ganhar importância maior dentro da trama num momento em que dilemas como o da possibilidade de vermos o grupo tendo que sair da fazenda de Hershel (que obviamente guarda segredos e temores justificáveis) se fazem iminentes.

Sobre a gravidez de Lori, se não chega a ser um elemento da história tão empolgante assim à princípio, pelo menos traz um panorama razoavelmente intrigante em face do que isso poderia render para a dinâmica dela com Rick e da ideia de se ter um filho num mundo tomado pela morte. Assim, tendo em vista que – lá vou eu de novo com a comparação -, a série realmente se aproxima cada vez mais da HQ, o contexto que cerca o gancho desse apenas razoável “Cherokee Rose” traz uma perspectiva que pode fazer tudo valer à pena em termos de dramas, choques e surpresas realmente inimagináveis e muito bem-vindas.

12 comments

  1. Este episódio pareceu mais um episódio da casa da pradaria, só apareceu um zombie!!!!!

  2. Sério, pra mim não dá mais.
    1ª temporada foi ruim, falei que não assistiria a 2ª e INFELIZMENTE estou/estava assistindo.
    A atriz de Prison Break é fraca os 2 principais (Rick e Shane) também são fracos.
    A história está se arrastando com uma encheção de linguiça do baralho.
    Piadas bobas, conflitos bobos, triângulo amoroso de novela da Globo.

  3. Gostei do episódio, mas tenho certeza que isso aconteceu muito mais pela grande aproximação com a HQ do que pelo episódio em si. Somente nesse episódio, notei diversas cenas e situações que mostraram aspectos sen]melhantes aos quadrinhos, como: Lori grávida; Maggie e Glenn transando por iniciativa dela; Andrea cada vez mais interessada em armas; Hershel mostrando ter algo a esconder e não permitindo que o grupo de Rick ficasse no celeiro; Glenn sendo sempre o escolhido para “missões” perigosas; Carl ganhando o chapéu; e, até mesmo, o visual de Shane, muito mais parecido com o das HQs.

    E mesmo que eu tenha gostado de ver essa aproximação com os quadrinhos, me surpreendo o quanto eu gosto de Daryl e fico tentando imaginar o papel que ele vai representar na história mais para frente, já que ele é um personagem criado apenas para a série.

    Sei lá, eu tô gostando bem mais dessa temporada do que da primeira…

  4. Sobre o poço, Davi.

    Se não me engano, afinal já não tenho um poço em casa faz tempo, mas conversarei com meu pai, todos os poços numa mesma área se comunicam pelo lençol subterrâneo. Dependendo do sentido em que corre esse lençol, a contaminação do segundo poço pode se espalhar para o primeiro ou para os dois últimos. Seria uma perda grande. É por isso que as fossas são cavadas após o último poço no sentido em que corre o lençol.

    De qualquer maneira, concordo contigo. Duvido que tenham pensado no que falei. Quantos espectadores tem repertório para entender isso hoje em dia? Deve ter sido só para enrolar e criar nojeiras.

    ‘Té mais!

  5. Eu tb não curti o episódio tanto quanto curto a série no geral. Fringe e TWD me decepcionaram um pouco essa semana, mas não ao ponto de largar a série como o amigo ai em cima citou. Eu to me surpreendendo mais com ALIAS (que to assitindo só agora por indicação sua Davi) do que com as atuais. Mas a cena do zumbi, embora cheia de furos, pra mim foi semelhante a do zumbi congelado na HQ ou a do zumbi morrendo de inanição, tb na HQ. Muito bem feito (o zumbi, não o contexto). Talvez esteja ficando massivo por muita gente já acompanhar a HQ e eles estarem seguindo (embora paralelamente muitas vezes) o mesmo traço, como já comentado a iniciativa da Maggie em transar, Hershell e o celeiro, Andrea e as armas etc. São só 13 episódios e já estamos quase na metade! Queria que chegassem na prisão ainda nessa temporada, mas agora pra mim se eles pelo menos abrirem o celeiro já está de bom tamanho.

  6. Confesso que eu achei esse episódio o mais fraco até agora, mas o não o suficiente para parar de assistir, tem que piorar muuuiiittto, (o que eu não acho impossivel devido a essa história de escritores freelancers) e comparar TWD com novela das 8 é no mínimo um pecado, se as novelas fosse como TWD não perderia uma! já que TWD é uma das melhores series que ja vi.

    Também pensei que toda a agua ficaria contaminada depois daquele incidente. ‘-‘

  7. E eu achando que seria o único a achar este o ep. mais próximo da HQ desde o piloto…

    Concordo em parte com os comentários já feitos mais por conhecer a HQ e saber o que vem a seguir (os que só conhecem a série, paciência, o melhor, o MUITO melhor, esta por vir) do que pelo ep. em si.

    A narrativa podia mesmo dar uma acelerada, cortando os sub plots aperentemente sem sentido (o desaparecimento da Sophia já deu. Inexistente na HQ e até agora sem dizer a que veio) e partir para o que realmente interessa, as boas histórias, conflitos, eventos chocantes e tudo que a TWD tem e pode oferecer.

    E se a tendência de aproximação da HQ continuar, até por ser uma zona de conforto para a série sem o Darabondt, que assim seja. A origem tem material de sobra para várias temporadas de alta qualidade, só é preciso que usem o quanto antes.

    Acho que o presídio só vai rolar depois do hiato de fim de ano, em fevereiro 2012, só espero que ‘o mistério do celeiro’ inicie logo no próximo ep, não precisa de mais nenhum filler, todo o palco esta montado.

  8. Quando o episódio terminou, fiquei com aquela sensação de: “E aí, não teve nada importante?”.

    Depois da análise do Davi e de alguns comentários acima, a maioria aqui também não viu nada demais mesmo. Episódio fraco, sem nenhuma situação de tensão, (no caso do zumbi no poço), suspense zero (Daryl procurando pela Sophia naquele casebre abandonado), atuações nada convincentes (Glenn e a garota na farmácia) e o insosso gancho para futuros episódios (preocupação da Lori e sua gravidez).

    Enfim, achei que pelo menos quando estavam no funeral do Otis, alguém pudesse questionar algo que pudesse deixar o Shane se contradizendo… sei lá, algo que despertasse um desdobramento mais eficiente para tantas cenas sem sentido.

  9. o zumbi no poço serviu para alguma coisa: mostrar que os greene não curtem matar zumbis uma dica para o que vai vir nos próximos episódios…. (envolve o galpão da fazenda)… melhor prestar mais atenção nos episódios

  10. Só eu achei estranho ela n ter levado papel higiênico pra fazer xixi??

  11. Sério, não tem um botão “Curtir” aqui?

    Finalmente alguém comentou o que também acho dessa série.

    Atores fracos, história com encheção de linguiça, ganchos fracos, tramas sem sentido, apelação nas nojeiras, muito drama bobo.

    Sinceramente, dão muita atenção para uma série que não é nem metade do tamanho do “buzz” que criam em cima dela.

    Quanto ás comparações com a HQ, sério, isso é chato pra baralho (como diz nosso amigo do comentário sensato). Quem nunca leu e não tem intenção de ler, precisa mesmo ter que ficar lendo que isso é igual, isso é diferente? Não estamos falando de uma série de TV? Um comentário dizendo que é fiel, ou outro dizendo que não é já seria o suficiente, né não? Daí por que a HQ é boa (o que acredito mesmo, visto o número de fãs) não quer dizer que a série seja.

    Certo, lê quem quer os reviews e os comentários, mas como fã do Ligado em Série e aficionado em séries no geral, venho aqui para ler bons comentários sobre o que acabo de assistir, pontos de vista, coisas que talvez deixei passar. Mas como ler críticas de filmes, o escritor precisa ser coerente com o que é visto na tela. Com Walking Dead não estão sendo. Talvez por ver a série por olhos de fã da HQ.

    Em tempo, existem exceções dentre os atores para meu comentário de atores fracos. Acho o Daryl um ótimo personagem, Shane era apático e está melhorando e ficando mais aprofundado, o Hershel é um personagem simpático também.
    Ao contrário de Rick, que continua sem empolgar apesar de ser o protagonista. Glen já foi mais autoconfiante, parece ter perdido o pique. Dale apesar de o ator não ser o “bicho” desperta certa empatia.
    O restante parecem todos atores de Malhação, um pior que o outro. Talvez sabotados pelo roteiro.

    Não vou largar a série… ainda, mas não crio expectativas quanto ao que vem por aí, vamos acompanhar e ver até onde vai.

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