quinta-feira, abril 25 2024

Por Bruno Carvalho

[com spoilers do episódio 1×04] Não adianta ter uma ideia ambiciosa se não há quem a banque para tirá-la do papel. Marylin: The Musical já começa tropeçando em problemas financeiros já que o marido da produtora Eileen travou todos os bens no processo de separação, obrigando a entusiasta a buscar outros meios para sustentar um orçamento que não vive só de sonhos. The Cost of Art teve como principal destaque a determinação elegante da executiva interpretada pela excelente Angelica Huston, que acabou encontrando num jovem ator de musicais que prosperou na TV a salvação financeira para viabilizar os workshops – uma das etapas mais importantes de preparação de um musical de porte para a Broadway. E foi justamente nesta fase que a esforçada Karen empacou, agora que a escolhida Ivy, claramente intimidada pelo talento da estreante, dá pontuais (mas eficientes) ataques de estrelismo para prejudicar o avanço da rival.

Mas essa inevitável disputa ganhou um interessante contorno com os dançarinos de apoio dando uma “consultoria de humildade” em Karen, pois o meio do teatro pode ser cruel com novatas que, embora talentosas, já chegam querendo brilhar ofuscando aqueles que já se estabeleceram. E ainda que seja incômodo ver a escolada Ivy se garantindo na festona na mansão do diretor enquanto a íntegra Karen desperdiça seu talento em um boteco de Manhattan, os méritos artísticos da loira são aceitáveis (e eu gosto dela como Marylin). Em The Cost of Art, Smash deu mais uma vez um show nos números musicais, sempre úteis ao servir às necessidades da trama. Até mesmo a participação especial de Nick Jonas foi tratada com sobriedade, em vez de fazerem um espetáculo over em cima do cantor (armadilha que outras produções do gênero não hesitam em cair). Bom também que a série diminuiu o tom do drama familiar da compositora Julia, embora mantenha a insuportável historinha da rixa entre esta e o assistente de Tom. Ah, e se diminuíssem a artificialidade da voz de Ivy Lynn, teríamos um episódio impecável. Mesmo sem abusar do auto-tune, Smash se beneficiaria muito mais trazendo números mais verossímeis. Ainda assim, um ótimo episódio que integra a positiva sequência de estreia da série até agora.

8 comments

  1. “embora mantenha a insuportável historinha da rixa entre esta e o assistente de Derek”

    Ellis é assistente de Tom, não de Derek, que é o diretor do musical

  2. Sinceramente? Gosto mais da Ivy do que da Karen. Eu não sei se é proprosital, pra realçar uma virada da protagonista ou a atriz é sem sal mesmo, mas é a protagonista mais chata que eu já vi.
    E a outra tem tudo a ver com a Marilyn!
    Eu gostei do episódio,.. foi melhor que o terceiro.

  3. Também prefiro a Ivy como Marilyn! Ela canta e dança muito bem é parecida com a atriz, tem mais experiencia e é gnt boa. Tb gosto da Karen, mas ela não combina com o papel. No segundo episódio quando mostram ela de Marilyn, ficou muito estranho, ela é muito magra e com a peruca loura ficou ainda mais esquisita. A Karen poderia ser a protagonista de outro musical na próxima temporada.

  4. Também prefiro Ivy como Marilyn, embora goste bastante da Karen. A Karen quando a pareceu vestida de Marilyn ficou esquisita e concordo que ela é muito magra, se bem que assim como a MIchelle Williams no filme ela poderia usar enchimentos.

  5. Achei mais um episódio meia boca,as tramas estão de mais fracas,quase novelísticas,e ter semrpe bons números musicais para salva-las não me garante entretenimento. Espero que melhore.

  6. Dois números diferentes repetidos duas vezes cada – na segunda vez, com total desenvolvimento. E, ainda sim, ficaram maravilhosos.
    Alguém me explica? hehe

  7. Quatro reviews, quatro críticas a Glee. O foco do autor do texto é Glee ou Smash? Não tem como falar de Smash sem atacar Glee não? Por mais que eu não goste da série e ache até “engraçadinho” ler esses comentários de vez em quando, cansa demais!

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