quinta-feira, abril 25 2024

Por Bruno Carvalho

[com spoilers dos episódios 1×09 e 1×10] Nos últimos episódio Smash retornou com mais acertos do que erros, mas ainda está aquém do que o início da série projetou. Em Hell On Earth o foco mais uma vez ficou em Ivy sofrendo as consequências das intensas semanas de preparação para o Workshop de Marylin: The Musical, que a deixaram viciada em remédios e bebida. Não tem como não notar que a produção da peça passou a ficar em segundo plano, dando lugar a algumas tramas menores e sem importância, como os problemas maritais de Julia e Frank. Karen, por sua vez, continua percorrendo a narrativa de forma insossa e sem vida e não entendi também aquelas cenas dela com Ivy, que soaram forçadas até mesmo para o contexto, depois que a loira perdeu a compostura na apresentação de Heaven on Earth, musical da qual faz parte do ensemble. Felizmente Eileen segurou as pontas, mantendo-se como uma personagem forte, interessante e a única capaz de salvar tanto Smash quanto o agora musical Bombshell.

Isso ficou em maior evidência no episódio Understudy, em que ela (através de um mini-Deus Ex Machina por parte dos roteiristas) tomou as rédeas da parte financeira da produção com a entrada de um investidor amigo do barman, virando o jogo em cima dos antigos financiadores do projeto com a elegância de sempre. Ainda sem voltar a ser espetacular e com números musicais esquecíveis, o episódio ao menos deu sinal de que a série voltou a ficar promissora antecipando a chegada de uma atriz de Hollywood (interpretada por Uma Thurman) que deve agitar Bombshell. Smash chegou em um ponto em que não podemos dizer que está ruim; os aspectos técnicos continuam caprichados, a produção em Nova York, especialmente a fotografia e a direção de arte, mantém o padrão desde o piloto, mas ainda precisa mostrar mais para fazer valer a renovação para a 2ª temporada. Nos dois episódios, apenas o número com Tom se destacou, provando que o musical pode mais quando quer. Esperava mais.

5 comments

  1. Acho que o ritmo de Smash é para ser como uma produção de um musical: começa com todo mundo empolgado, aí vem os problemas, um marasmo, e quando as coisas começam a entrar nos eixos outras vez, melhora. Vamos ver o que a Uma Thurman vai trazer.
    (Gosto quando a Eileen mostra ao Ellis quem manda, ele também merecia um martini na cara)
    O que é o filho da Julia? Moleque chato. (o Michael vai voltar?)

  2. Eu estou gostando bastante de Smash, e concordo com a opnião da Karina. O ritmo da série é dado em relação ao contexto da produção de um musical. É praticamente impossível produzir, sem possuir nenhum intrave e acho que eles estabeleceram uma crítica viável ao mostrar como uma ótima ideia fica estagnada por causa de uma estrela (que não tem experiência no palco). Acho que a série peca um pouco nos dramas pessoais que não são ruins mas são meio “been there, done that”. Eles estão consertando os erros, cortando bastante a participação do filho de Julia na série, e cortando Ellis (o personagem mais odiado das séries atuais). No mais foi uma supressa agradável do fall season, sendo que torcia muito o nariz pra uma série musical desde que Glee foi um erro imenso. Aliás como sempre ótimo texto Bruno, parabéns pelo trabalho.

  3. Estou gostando de Smash, particularmente acho grotesco as perfomances ao ponto de querer pular a parte musica e ver o desenrolar da trama (apesar da apresentação de Tom me deixar satisfeito, mas ainda esta fraco)

  4. Não tenho reclamações. Gosto do foco na vida de cada personagem ao invés do musical. Ainda mais agora que o musical está passando por tantos contratempos.

  5. Tbm to gostando, MORRI com a Ivy drogada em heaven on Earth ahhaha

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