sexta-feira, abril 19 2024

Por Bruno Carvalho

[com spoilers do episódio 1×11] Hoje na Broadway não bastam boas músicas e interpretações inspiradas para atrair público. Com o espectador cada vez mais bombardeado por conteúdo multimídia, HD, 3D, “4D” e afins, os musicais são obrigados acrescentar efeitos especiais, trazer roteiristas para escrever textos controversos e convidar estrelas do cinema e da TV para dar as caras no palco (como nos respectivos exemplos de Spider Man: Turn of the Dark, The Book of Mormon e How to Succeed in Business…). E aqui abro um parêntesis para constatar como (às vezes por coincidência) Smash e a produção de Marylin: The Musical/Bombshell sempre caminharam em sintonia: começaram promissoras, saíram do eixo, perderam interesse (do público aqui e de investidores lá) e acabaram utilizando uma estrela do cinema na tentativa de buscar atenção. Ora, tanto Megan Hilty (e Ivy) como Katharine McPhee (e Karen) não são grandes estrelas da cinema ou TV, mas possuem um background na muúsica e no teatro e é aí que tanto Uma Thurman e Rebecca Duvall entram. O resultado foi… desastroso! Bom, não para Smash, já que a participação da moça trouxe um novo gás para a série, mas em Bombshell a loira chegou causando.

E não foi surpresa que já nos primeiros ensaios, Duvall começou a exigir ajustes na peça, diminuindo a quantidade de números músicas e o timbre das composições para acomodar suas limitações artísticas. E por mais que seja interessante para o público ter acesso a uma estrela de cinema a poucos metros no tablado, concordo com Ivy quando afirma que um musical com uma atriz limitada faria a fila de devolução de ingressos aumentar nas bilheterias da Broadway. Felizmente Eileen, sempre decisiva e justa, percebeu a tempo que a presença de Duvall ali somente servirá para atrair holofotes na estreia até que a peça possa caminhar com seus próprios pés. E é aí que a disputa pelo papel de suplente se intensificará, já que grandes estrelas do cinema não tendem a ficar muito tempo na Broadway, pois acabam se envolvendo em projetos mais rentáveis. Ivy ou Karen? A morena está na frente, especialmente nas fantasias de Derek. Mas Smash ainda não respondeu esta pergunta, talvez porque ainda insista em gastar tempo com subtramas bobas como a do filho de Julia ou o namorado bobo de Karen. Ainda assim, a série voltou com fôlego nesta reta final, com um ótimo episódio.

5 comments

  1. Eu acho a critica viável para a produção de Bombshell, não de Smash em si. A temporada toda já foi gravada algum tempo, e a participação de Uma thurman já tinha sido anunciada….ANO PASSADO, antes mesmo da série ganhar seu público. Não me oponho a participações de strelas, desde que sejam pertinentes a trama. Ora e Community já não teve a participação de Jack Black, Owen Wilson, e Betty White? Acho que chamar uma estrela do cinema pra interpretar uma estrela do cinema deu mais verocidade a trama. E sobre o filhod de Julia ser infantil não espero nada além disso dele, porque ele é uma adolescente comum, a maioria do adolescentes são assim. A história de Dev é ok, mas serve mais como plano de fundo para dividir os interesses de Karen entre seguir seus sonho de ser uma estrela da Broadway, ou ser uma companheira para todas as horas. Acredite essa parte de Smash é muito coerente porque muitas desas estrelas não conseguem manter a vida pessoal estável. Smash é uma boa série que mostra saber quais são são erros e está faendo o possível para conserta-lós. Espero anciosamente para ver o que vai acontecer com o musical Bombshell.

  2. Faltou o comentário da melhor versão musical que a personagem Karen cantou: Our Day Will Come. Sinto até vergonha em dizer isso, mas ficou ainda melhor que a da Amy Winehouse.

    Outro fato é o estranhamento que a figura da Karen causa quando está vestida de Marilyn. A falta de curvas incomoda. A altura dela incomoda. Sem falar na peruca. Tenho a impressão de que a atriz parece estar mais vestindo uma fantasia de Marylin do que vivendo a própria. Diferente da Ivy.

    No início eu gostava da Karen. Os primeiros episódios serviram para que a gente se indentificasse com ela. Mas é difícil continuar torcendo por ela. A personagem aparece cada vez mais sem sal, de fala perturbadoramente mansa e sem tesão algum. Mas ela canta bem e acredito que a atriz possa evoluir e sair desse abismo que a separa do restante do elenco.

    Concordo com quem disse que o filho da Julia é apenas um adolescente normal. Realmente é. Um desses adolescentes, quase um jovem adulto, que viveram protegidos eternamente pelos pais e é retratado como alguém alienado e mimado. Sem experiência de vida nenhum. Como a maioria dos jovens. Independente disso, continuo achando ele um chato. Desinteressante. Existem trocentos de garotos sem tesão de vida como ele no mundo, mas não espero de SMASH um retrato de realidade nesse sentido. Quero saber dos bastidores da Broadway, e não dos dramas de um ordinary teenager.

  3. Eu não compreendo a aversão das pessoas com a Karen. Cara, ela vei de Iowa. Ela é ingenua, uma mulher/garota, que está vivendo o sonho da vida dela de tentar alcançar o sucesso. Ela é diferente do resto do elenco, por seu personagem não estar acostumado a trair, mentir, manipular, aquele não é o mundo dela. Se niguém percebeu ela ainda está tentando se encontrar como pessoa naquela cidade grande. Eu acho a ingenuidade de Karen sensata. Ia ficar algo muito agressivo, se todo mundo na série fosse dúbio e manipulador.

  4.  Não achei. A única coisa “ruim” no ep foi a peformace estilo Bollywood. De resto foi um ep sólido.

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