sexta-feira, abril 26 2024

Retorno da série quebrou recorde de audiência na história da TV a cabo

[com spoilers do episódio 3×01] Fim da liberdade. No mundo real, é esse conceito que temos de uma prisão, mas no mundo de The Walking Dead onde Rick e cia sobrevivem, um lugar sujo e deprimente como uma penitenciaria representa não só a possibilidade de proteção, mas sobretudo a ideia distorcida de um “lar, doce lar” às avessas. Em Seed, episódio que abre o novo ano da série, o conceito do “Isso não é mais uma democracia” dito por Rick no final da temporada passada fica evidente logo de cara. Contudo, em vez de explorar o conflito natural que poderia surgir disso e consequentemente perder o ritmo de urgência que a história atingiu, reencontramos o grupo já confortável (na medida do possível, claro) com a nova postura de seu líder e confiantes de que suas decisões são as mais acertadas. E se isso poderia parecer forçado num outro momento, a passagem de tempo (6, 7 meses, talvez?) se revela salutar não apenas para conferir peso a essa leitura e para mostrar os personagens mais experientes na ‘arte’ de matar zumbis, mas também para contribuir no avanço da gravidez de Lori (e os dilemas que ela traz para sua abalada relação com Rick) além de contextualizar as mudanças de comportamento do garoto Carl, que amadureceu mais até pelas circunstâncias do que pelo tempo em si.

Contando com novos créditos que reforçam a ideia da expansão de um mundo ainda mais devastado e opressivo, Seed tem uma abertura reminiscente de LOST (com o olho que se abre) e apresenta um grande aperitivo de tudo que The Walking Dead terá que abraçar na temporada que tem a responsabilidade de fazer jus ao melhor arco do seu material de origem, a HQ. Sorte nossa, portanto, que não demora muito para que a noção do escopo que a série atingiu fique clara desde os primeiros momentos em que Rick e cia chegam à prisão, um set grandioso que certamente funcionará como um personagem e também contribuirá muito para alavancar os valores de produção alcançados pela série do AMC. Nisso, quer seja pela alta dose de ação com que ocorre a introdução de Michonne e sua katana implacável naquela cena da farmácia abandonada ou pela longa e nada monótona tomada da penitenciária (ou parte dela) representada pelo massacre de zumbis perpretado pelo grupo de sobreviventes, a certeza que fica ao final dos tensos e intensos quarenta e poucos minutos dessa premiere é que não há mais tempo a perder e vale tudo (até cortar a perna de um companheiro a machadadas) quando sobreviver num mundo novo e pior é a única motivação que resta. Que os próximos 15 episódios da temporada reforcem essa noção. Os fãs agradecem!

A 3ª temporada de The Walking Dead estreou domingo, 14, nos EUA e chega ao Brasil nesta terça-feira, 16, pela Fox às 22h.

6 comments

  1. Walking dead é uma série com seus mérittos, mas ela insiste em me irritar com a burrice de seus personagens. O episódio foi excelente, mas que droga os personagens não se revezarem e matarem TODOS aqueles zumbis por DETRÁS da cerca, em segurança, e sem gastar munição?

    Zumbis são burros, irracionais, e seres humanos com um mínimo de inteligência deveriam saber usar isso a seu favor. Por isso, uma cena que foi aplaudida pela crítica fica menos interessante, devido ao fato de estarem arriscando a vida a tôa e ser quase desnecessária. Não falo da sequência em que tomam o campo, mas a que eles começam a adentrar mais no segundo pátio. Aí eles vão, fecham o portão, e fica uns 40 zumbis lá, alvos fáceis, e ninguém vai lá matá-los com uma lança. Eles matariam uma porção de zumbis sem risco nenhum.

    Uma coisa que noto desde a 1a. temporada é essa burrice disfarçada de perigo e imediatismo. Vale lembra o Merle Dixon que cortou a própria mão com uma serra, quando deveria ter cortado a FINÍSSIMA corrente sua algema, mantendo a mão intacta. E não me digam que é mais fácil cortar a mão por que não é.

    Bom, no mais, foi um episódio muto melhor que a maioria, mas por favor, não subestimem a nossa inteligência nem as dos personagens, caros escritores.

  2. Pelo visto nosso amigo Carlos Oliveira já tem experiência em cortar “finíssimas” e frágeis correntes de algemas com uma serrinha mais ou menos rsrsrs…E está ansioso pra ver um episódio inteiro só de sobreviventes matando zumbis pela cerca (super emocionante isso). Concordo com o mencionado sobre a suposta inteligência dos personagens mas se eles utilizassem o máximo de seus cérebros nas estratégias de matar zumbis, o seriado não ficaria sem graça? rsrs

  3. Não precisa ser o episódio inteiro de matar zumbis pela cerca. pode aproveitar o tempo em que fazem tolices com o andamento da trama. podiam colocar BURACOS na cerca para que a estratégia não fosse eficaz. Isso sim seria emocionante.

    Quanto a serra, já vi usarem uma serrinha bem pior que aquela pra serrarem tubos de aço galvanizado, num tempo relativamente curto.

  4. mas ta muito sem emoçao essa terceira temporada precisa de alguma coisa pra dar um up os 4 primeiros episodios foram bons mas os ultimos dois foram os piores, precisa acontecer algo pra mudar o rumo da historia por que zumbis comuns ja nao tem mais graça eles até brincam com eles e sabem como matar e até como se camuflar com eles vou dar um exemplo:uma especie de “nemesis”. (resident evil) uma criatura mais forte q meros zumbis !

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