sexta-feira, abril 26 2024

Promessas, ameaças e uma nova aliança definem o tom do episódio

Game of Thrones 308[com spoilers do ep. 3×08] Dirigindo seu segundo episódio de Game of Thrones, Michele MacLaren acertou de novo. Se no capítulo anterior ela explorou sequências que refletissem e valorizassem a grandiosidade da série e de sua história, dessa vez ela apostou na força de diálogos e ações mais assertivas para manter, de forma instigante, os dados do jogo pelo trono de ferro girando. Foi assim, por exemplo, com Daenerys nas cercanias da cidade dourada de Yunkai onde ela encarou a hostilidade do grupo mercenário Segundos Filhos sem jamais assumir uma postura defensiva (o que fica claro quando a vemos traçando um breve histórico de toda força que conseguira reunir) e encantou um deles, o ainda misterioso Daario Nahharis, a ponto de fazê-lo se voltar contra seus pares e jurar, dentre espada e coração, lealdade para a mãe dos dragões.

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Aliás, nesse cenário de lealdades que se forjam e de outras que se renovam, é curioso notar como Sir Davos (não mais um iletrado, graças à versão “infantil” da história de Westeros) se mantém firme, apesar dos pesares, como o fiel escudeiro de Stannis principalmente quando percebe que o mais velho dos Baratheon continua cegado pelas promessas e visões de Melisandre, a sedutora sacerdotisa que protagoniza a cena mais quente do episódio com o bastardo Gendry que, por sua vez, reage num misto de espanto e ingenuidade traduzida naquela que acabaria sendo a frase mais sincera e espirituosa do episódio: “Isso não me parece muito religioso.”

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Contudo, nada neste capítulo (nem mesmo a ameaça fria e explícita feita por Cersei a Margaery por conta dos avanços dos Tyrells) supera o circo montado em torno do casamento forçado entre Tyrion e Sansa. E destaco essa passagem não só pelo desconforto e pelas frustrações mútuas que aquele arranjo representa para os planos de cada um (embora ela agora pareça pelo menos livre das constantes sessões de tortura psicológica sofridas até então), mas sobretudo por toda mise em scene que envolveu as humilhações perpetradas por Joffrey aos noivos e que acabariam fomentando uma reação mais intempestiva de Tyrion naquele que foi o momento mais tenso do episódio quando o vemos desafiar o sempre odiável rei fantoche e sair pela tangente logo em seguida ao usar a tática da auto depreciação

E se ainda não dá para avaliar exatamente qual será o peso que o desfecho daquela sequência final (na qual Samwell encara e destrói um dos White walkers usando um punhal antigo) terá para o escopo geral da trama que envolve as ameaças vindas do gelado norte, pelo menos já dá para ter certeza de que existe uma maneira de subjugar aquelas forças sobrenaturais. Mas será que isso importará efetivamente em algum momento?

Bom, enquanto essa e outras respostas não surgem, aguardemos pelo penúltimo episódio (que só será exibido no dia 2 de junho, vale citar) que vém, desde já, cercado pela expectativa de seguir a tradição dos anos anteriores de Game of Thrones e ser o melhor da temporada.

4star

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