quinta-feira, abril 25 2024

Série sci-fi completa exatos vintes anos nesse dia 10 de setembro

Arquivo XAntes de ser fã de séries, eu fui (e continuo sendo) fã de The X Files ou simplesmente Arquivo X como a produção estrelada por David Duchovny e Gillian Anderson ficou conhecida no Brasil. Antes de 1993, ano de estreia do sci-fi criado por Chris Carter, o hábito de ver TV era uma diversão menor para mim, visto que eu nem sequer acompanhava séries de forma fiel. Os tempos eram outros, é verdade, e não havia a diversidade de canais que existem atualmente e muito menos a banda larga de internet que hoje facilita muita coisa, if you know what I mean

Eu Quero Acreditar!
Eu Quero Acreditar: o crédulo e a cética

O ponto é que eu não via séries naquele início da década de 90 porque simplesmente não havia nada à época suficientemente capaz de despertar em mim a curiosidade e o nível de envolvimento que Arquivo X fomentou já em seu excepcional e intrigante episódio Piloto, cuja exibição original no Fox gringo ocorreu há exatos vinte anos num 10 de setembro como o de hoje. Foi paixão/amor à primeira vista. Culpa da trilha de abertura composta por Mark Snow, da atmosfera misteriosa, do clima de conspiração envolvente, do protagonista carismático e singular (Fox Mulder que depois ganha em Scully a parceira ideal) e, na minha opinião, do melhor elemento de todos: o fato da série ter sido um sci fi que não se passava nem no espaço nem tampouco num futuro distante.

Mulder e Scully: antes e depois
Mulder e Scully: antes e depois

Esse artifício, aliás, fez com que as histórias de Arquivo X, por mais absurdas que parecessem (fossem elas aquelas ligadas à mitologia da conspiração alienígena ou mesmo as dos chamados “monstros da semana”), acabassem sempre colocando um pé na realidade que por sua vez inspirava uma mesma pergunta que quase sempre martelava ao fim de cada novo episódio: será que essas coisas (ETs, homens mutantes, monstros etc) podem existir de verdade? A resposta, como a série nos ensinou ao longo de seus 202 episódios divididos ao longo de nove temporadas (de 1993 a 2002), continua lá fora e também nas maratonas ocasionais que os DVDs e a Netflix nos permitem fazer.

Gillian Anderson e David Duchvny durante painel sobre os 20 anos da série
Gillian Anderson e David Duchvny durante painel sobre os 20 anos da série na Comic Con 2013

Como você provavelmente já sabe, sou muito fã de LOST e Fringe, mas não dá para negar que as séries de Jack, Locke, Walter Bishop, Olivia e cia (e até mesmo Breaking Bad, vejam só) muito provavelmente não teriam existido se antes delas a TV não tivesse dado espaço para que roteiristas como Chris Carter, Vince Gilligan, Frank Spotnitz e muitos outros criassem tantas histórias para os agentes Fox Mulder e Dana Scully e seus casos da seção X do FBI, que por sua vez devem muito de sua essência à influência de clássicos como Além da Imaginação, Kojak, Twin Peaks e até Alfred Hitchcock Presents.

Duas versões em DVD com a série completa no Brasil
As duas versões em DVD com a série completa no Brasil

Navegando com rara habilidade entre o drama e a comédia (mais no primeiro do que no segundo, é verdade) e explorando os mais diversos subgêneros temáticos (suspense, horror, sobrenatural, religioso, filosófico etc) sem jamais distanciar-se de seu cerne sci fi, Arquivo X notabilizou-se por falar um pouco sobre tudo e fazê-lo quase sempre de forma apaixonada, instigante, divertida e inteligente. Parabéns pelos seus vinte anos, Arquivo X. O tempo passa, o saudosismo segue vivo e seu lugar no meu top 5 das melhores séries de todos os tempos continua cativo. Tal qual Mulder, eu continuo querendo acreditar. E vocês?

Clip com alguns dos melhores momentos da série

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