quinta-feira, abril 25 2024

Arquivo X Home

Dos chamados monstros da semana, aqueles episódios de Arquivo X que funcionavam de forma independente à mitologia central da série, um dos mais memoráveis é “Home“, o segundo da quarta temporada. Já se vão quase 19 anos desde sua exibição original (ocorrida em outubro de 1996), mas até hoje, quando se fala dos capítulos que tiveram o horror como tema, “Home” segue como um dos exemplares mais impressionantes, ousados e assustadores não só da série, mas da própria história da TV. Nele, ao irem até a pequena cidade de Home no estado da Pensilvânia para investigar a morte de um bebê que nasceu com severos defeitos genéticos, Mulder e Scully se deparam com a família Peacock, violentos fazendeiros de aparência deformada que vivem isolados e que se perpetuam através do incesto(!) com a própria mãe(!!!), ela própria uma figura bastante bizarra.

Com fotografia, ambientação, trilha e cenografia que não devem nada aos maiores clássicos do Cinema de horror, “Home” foi o primeiro episódio da série a ganhar classificação indicativa para maiores de 18 anos (por conta do teor e de suas cenas mais gráficas) e além de trazer uma sequência (a que mostra Mulder e Scully chegando à casa dos Peacocks) que muito provavelmente serviu de inspiração para a mise en scène dessa do quinto episódio de True Detective, foi também o episódio que conseguiu transformar a belíssima canção Johnny Mathis, “Wonderful, Wonderful” numa lembrança absolutamente arrepiante como você pode conferir nesse fan made clip do episódio.

Pois bem, mas esse papo todo serviu pra dizer o que mesmo? Ah, sim, para falar que o  revival da série que estreia no dia 24 de janeiro de 2016, pode trazer uma espécie de sequência para esse clássico episódio. Quem trouxe a novidade foi o TV Line, repercutindo a informação de que o segundo (dos seis episódios programados da minissérie) tem o curioso título de “Home Again” e será escrito pela dupla James Wong e Glen Morgan, a mesma que roteirizou “Home” 19 anos atrás. Não pode ser apenas coincidência, não é mesmo? Dito isso, se eu fosse você, já ia me preparando para o retorno da série vendo ou revendo esse episódio. Aliás, melhor: vendo ou revendo a série toda que, a propósito, está inteirinha na Netflix te esperando.

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