sábado, abril 20 2024

O episódio que encerrou a quarta temporada de Sherlock não é necessariamente o último, contou o cocriador e showrunner Steven Moffat à revista EW:

Não deixamos cliffhangers, o que é bom pra nós. Se voltarmos, podemos começar apenas com uma batida na porta e um novo cliente para [Sherlock e Watson] investigarem. 

Questionado se essa foi a última temporada, Moffat foi inconclusivo e disse até mesmo que a “lenda” Sherlock nunca pode morrer:

Certamente é a primeira vez que encerramos uma temporada pensando: “Se a gente não voltar, está tudo bem”. Da forma que episódios finais são, tudo que este faz é dizer: “E eles continuaram resolvendo crimes na Baker Street pra sempre”. Se a gente quiser voltar e resolver mais crimes podemos fazer isso sem problemas. Não estamos autorizados a encerrar Sherlock Holmes. Como a Mary diz, eles sempre estarão naquele flat resolvendo crimes, interpretado por diferentes atores. Então o único fim que podemos ter é: “E a lenda continua pra todo sempre”.

Sinceramente, acho que este foi o fim desta iteração de Sherlock com Benedict Cumberbatch e Martin Freeman como conhecemos. A TV britânica não funciona como a norte-americana onde uma boa ideia precisa necessariamente retornar periodicamente para novas temporadas. Os britânicos são muito abertos com relação a formato e hoje sabemos que nenhuma franquia está 100% finalizada mais. Sherlock pode muito bem voltar para um especial de Natal, série limitada ou até mesmo trocar de atores como o próprio Moffat sugeriu.

É óbvio que Moffat e a BBC não vão cancelar Sherlock oficialmente, pois eles sempre poderão voltar à série e ao personagem, que hoje é de domínio público.

Para nós fãs, apesar de termos tido a temporada mais inconsistente de todas (em breve crítica aqui), a série claramente encerrou um ciclo em que não deixam amarras soltas como aconteceu antes. Assim, se um dia formos surpreendidos com uma nova história interpretada por esses dois, será bom. Se não voltar, tivemos uma série grandiosa, que trouxe o detetive da 221B Baker Street aos tempos modernos como nenhum outro realizador conseguiu fazer tão bem.

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