quinta-feira, abril 25 2024

O mundo está cheio de séries boas e ruins. E tem também aquelas que são mais ou menos, mas nos conquistam e cumprem o trabalho de entreter o espectador – as famosas guilty pleasures. Tem tanta coisa, que quando queremos iniciar uma maratona, não sabemos bem o que escolher. Por óbvio, ninguém quer começar uma série ruim, né? Então, a nossa super equipe de colunistas começou a conversar sobre quais são as séries que simplesmente não podem faltar na vida de cada seriadomaníaco, resultando na lista abaixo, onde indicamos e justificamos nossas produções favoritas – e que devem podem virar as favoritas de vocês também:

*A lista foi criada conforme o gosto de cada colunista e contém apenas séries que irão estrear novas temporadas (ou filme) em 2014/2015.

The Newsroom (por André Costa)

The-Newsroom-DestaqueÉ o exército de uma série só. Consegue, de alguma forma, reunir humor, drama, crítica, política, jornalismo, inteligência e muito mais com uma harmonia e concisão sobrenaturais. A história de uma equipe que tenta fazer um jornalismo sério,  discute questões sociais, políticas e midiáticas de uma forma surpreendentemente divertida, além de frequentemente fazer o espectador achar que um cisco caiu no olho dele. A incrível galeria de personagens e o elenco eternamente afiado só não se destacam mais do que os diálogos, esculpidos por Aaron Sorkin até se tornarem diamantes com o formato do rosto da Scarlett Johansson. Muita gente acha que obras de “arte” provocadoras e reflexivas são intrinsicamente monótonas, chatas, propositalmente ininteligíveis. The Newsroom chuta a bunda dessas pessoas. A terceira – e, infelizmente, última – temporada da série estreia ainda em 2014.

Entourage (por André Costa)

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É a Meca de qualquer pessoa que goste de séries ou filmes. Tem Hollywood como pano de fundo, e é comum ver não apenas sets, disputas por roteiros, por ideias, por papéis, festas, modelos, promiscuidade entre artistas, mas também uma ou outra Jessica Alba fazendo participação especial (e Scarlett Johansson. E James Cameron. E Gus van Sant. E Matt Damon. E até o U2). Mas o grande diferencial da série está mesmo na camaradagem do quarteto protagonista, que possui uma química tão natural que, antes que você perceba, estará abrindo uma cerveja e brindando com a tela da TV para tentar fazer parte do grupo – e, claro, na presença de Ari Gold, cuja intensidade e humor destilam brilhantismo. Tão viciante (quem conseguiria botar uma coleira na curiosidade ao ver que Vince consegue um grande papel e o episódio acaba?) que, desconfio, pedras de crack nada mais são do que a versão física de episódios de Entourage. A série já acabou – teve 8 temporadas -, mas um filme está em produção e estreia no dia 12 de junho de 2015.

Scandal (por Luisa Falcão)

Scandal-DestaqueMais um sucesso de Shonda Rhimes, Scandal volta para sua quarta temporada na fall season. O drama político acompanha Olivia Pope, ex-consultora de comunicações da presidência, que lidera um escritório de gestão de crises responsável por proteger a imagem pública de seus clientes. Mas a sua relação com a Casa Branca continua muito complicada, e mesmo tendo como trabalho resolver problemas de seus clientes, Olivia tem dificuldade em solucionar os seus próprios. Ao mesmo tempo que é forte e uma excelente profissional, ela se prova inocente em sua vida amorosa, pois mantém um caso com o Presidente dos Estados Unidos. Cheia de reviravoltas, a série mistura política, conspirações, romance e drama e é extremamente viciante.

The Killing (por Ana Bandeira)

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Baseada na série dinamarquesa Forbrydelsen, The Killing iniciou com a investigação do assassinato de Rosie Larsen, uma adolescente encontrada morta no porta-malas de um carro submerso. Enquanto acompanhamos os detetives Sarah Linden e Stephen Holden (Mireille Enos e Joel Kinnaman, ambos com ótimas atuações e uma química excelente) em busca do assassino, a série teve o mérito de mergulhar também no luto da família da garota e em uma campanha política relacionada com o crime, tudo isso tendo como pano de fundo o chuvoso e melancólico clima de Seattle. Se a série falhou em não concluir o assassinato ao final da primeira temporada, dando margem para a perda de audiência e chegando ao cancelamento após a segunda, ainda assim conseguiu oferecer uma resolução satisfatória e se reerguer. Manteve uma base fiel de fãs, já sobreviveu a dois cancelamentos e teve uma bem recebida terceira temporada com um novo caso envolvendo o assassinato de jovens moradores de rua. Agora, terá sua quarta e última (?) temporada, com seis episódios, disponível na Netflix dia 1º de agosto.

Orphan Black (por Anna Maria Cárcamo)

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Série canadense que conquistou o mundo, conta a história de Sarah Manning, que depois de ver uma mulher idêntica a ela se suicidando, descobre que é uma de muitas clones. Ela se junta a duas outras, Cosima e Alison, formando o #CloneClub, e juntas elas descobrem que existe um grande mistério as cercando. Tatiana Manslany é a grande estrela do drama e está perfeita na pele de cada clone, interpretando Alison, Cosima, Sarah, Helena, Rachel, Sarah fazendo de conta que é Cosima ou Alison, com muito detalhe, precisão, profundidade e sutileza devida. Jordan Gavaris também é excelente como o irmão adotivo de Sarah, sendo o principal alívio cômico em momentos de tensão. Mesmo se você não é fã de ficção científica, dê uma chance para Orphan Black, pois agrada a todos os estilos: tem ação, suspense, momentos de romance e até comédia. É com certeza uma das melhores séries da televisão no momento.

Homeland (por Allan Veríssimo)

Homeland-Destaque-ClaireDanesAdaptação de uma produção israelense, Homeland estreou em 2011 como uma versão mais realista de 24 Horas (não é à toa que os showrunners foram roteiristas da série estrelada por Jack Bauer). A trama de suspense de espionagem era empolgante, assim como as manobras políticas. Para completar, Homeland tinha três protagonistas fascinantes, vividos por três ótimos atores: a agente da CIA Carrie (Claire Danes), que sofre de transtorno bipolar; o amargurado sargento Brody (Damian Lewis), dividido entre o amor por sua família (e por Carrie) e a sua devoção à causa dos inimigos dos EUA; e o sábio agente Saul (Mandy Patinkin). Desde então, tudo mudou: reviravoltas ocorreram (algumas mais cedo do que prevíamos), e alguns tropeços foram cometidos. Apesar da terceira temporada ter sido bastante irregular, ainda assim culminou num season finale corajoso e ousado. Agora, a quarta temporada estreará no fall season 2014, prometendo ser um reboot da série. Entre as novidades, estão a saída da família Brody do elenco fixo, e a mudança de cenário, dos EUA para a África do Sul.

Rectify (por Maíra Bianchini)

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Primeira série original do canal Sundance TV, Rectify acompanha a história de Daniel Holden (em uma boa atuação de Aden Young), sentenciado à pena de morte pelo estupro e assassinato da namorada de 16 anos quando era adolescente. Depois de quase vinte anos de prisão, Holden é libertado quando as evidências de DNA do caso indicam que ele não teve relações sexuais com a vítima. Daniel retorna para casa e começa a busca para restabelecer um senso de normalidade com a família, ao mesmo tempo em que o xerife da cidade e o ex-promotor que acusaram Holden seguem procurando provas para o incriminar. Ambientada na pequena cidade de Paulie, na Georgia, Rectify carrega uma bonita melancolia sulista na estética visual, que se expressa também por uma poética que parece emanar com naturalidade de Daniel – logo nota-se que o ex-detento preencheu seus anos de prisão com muita literatura. A série surpreende como um sensível drama familiar focado nas consequências do caso para cada um dos personagens. Para quem quiser acompanhar, segue a dica: são apenas seis episódios da primeira temporada. Dá tempo de ficar em dia antes da estreia do segundo ano da série, marcada para 19 de junho.

Veep (por Maíra Bianchini)

VeepDestaqueTendo estabelecido, em suas duas primeiras temporadas, que o cargo de Vice-Presidente dos Estados Unidos não serve papel político algum, Selina Meyer e sua trupe agora caminham com determinação para a eleição da Veep como primeira presidente do país. Julia Louis-Dreyfus segue entregando uma atuação perfeitamente equilibrada entre a ambição privada, a dissimulação política e o constrangimento desajeitado das situações absurdas em que se encontra – como os choques culturais com as classes políticas de países como a Finlândia e a Inglaterra. Só a entrega de falas como o desgosto pela ideia de ser Veep de novo (‘I would rather be shot in the fucking face than serve as vice president again. Seriously, in the fucking face!’) já valeria a série toda, mas a comédia ainda conta com um forte elenco de apoio, com destaque para o assistente pessoal Gary, interpretado por Tony Hale. Com uma terceira temporada marcada, até agora, por episódios brilhantemente engraçados, Veep é série obrigatória para os fãs de comédia.

The Good Wife (por Dierli Santos)

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Há muito que The Good Wife deixou de ser apenas uma série de casos do dia e passou a ser um dos dramas mais consistentes da TV aberta norte-americana. Mas foi nesta quinta temporada que Alicia Florrick conseguiu chegar ao seu auge, superando as expectativas até dos críticos mais exigentes (in my opinion!). Com um roteiro ousado e bem construído, todas as tramas tiveram sua importância no desenvolvimento da história. E Dramatics, Your Honor, o 15º episódio dessa temporada, foi um dos episódios mais surpreendentes (e emocionantes) do ano. Além disso, o drama conta com algumas das personagens femininas mais interessantes e fortes (olá Alicia, Diane, Kalinda e Elsbeth!) e as participações especiais mais divertidas. Com certeza The Good Wife não é mais apenas aquela série que estreou há cinco anos sobre uma advogada traída pelo marido que volta a trabalhar. Ainda bem.

Mad Men (por Dierli Santos)

MadMen-DestaqueDepois de seis temporadas, seria fácil acreditar que Mad Men, amada pelas premiações e pela crítica, fosse encontrar um desgaste em seu sétimo ano. Mas, mesmo para os mais receosos com o formato de apenas sete episódios por temporada, a série não deixou a desejar. Desenvolvendo muito bem seus personagens, o drama segue com um dos roteiros mais impressionantes da TV. Seja focando na nova vida de peças centrais como Don ou em surtos de coadjuvantes como Ginsberg, a série representa de maneira sutil dificuldades enfrentadas na época. Além disso, o roteiro consegue sempre melhorar a dinâmica entre Peggy e Don, como comprovado na cena em que os dois dançam no penúltimo episódio. Mad Men, que já há muito tempo comprovou sua excelência, agora caminha em direção a um satisfatório desfecho para a sua história.

Orange is the New Black (por Bruna Bottin)

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Como não se apaixonar por uma série tão rica em tantos aspectos? Orange is the New Black é um prato cheio para quem gosta daquele humor mais ácido, com uma pegada mais dramática. A história se passa em uma prisão feminina de segurança mínima e começa quando Piper Chapman (Taylor Schilling) é denunciada por um crime que cometeu no passado e então é sentenciada a cumprir uma pena de quinze meses. Ao longo da primeira temporada (aproveita para ler a crítica), acompanhamos a adaptação de Piper a essa nova realidade que inclui muito intriga, abuso psicológico e, principalmente, a capacidade de forçar qualquer pessoa a encarar sua verdadeira identidade. Em Litchfield, você encontra todo o tipo de mulher e os dramas que seguem suas vidas. Lésbicas, latinas, russas, crentes, viciadas e sonhadoras. Histórias cômicas e tocantes, interpretadas por um grupo badass de atrizes. Você não pode deixar essa série de fora, ainda mais considerando que a segunda temporada inteirinha estreia ainda essa semana, no dia 6 de junho, na Netflix.

3 comments

  1. Gostei imensamente das séries Homeland, The Good Wife e The killing! Que bom que vai ter mais temporadasAguardando na Netflix! As outras vou assistir! Amo séries!

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