quinta-feira, abril 25 2024

batesmotel

Eu cheguei a largar Bates Motel no começo do terceiro ano e foi graças a vocês, que me encheram o saco insistiram pra eu voltar com a série, que hoje estou aqui feliz com os rumos que a produção tomou e me fez pagar a língua.

Mas convenhamos: o drama sobre a juventude de Norman Bates estava pra lá de inchado, com uma absurda quantidade de tramas paralelas totalmente dispensáveis, excesso de personagens (aqueles traficantes, argh) e um texto sem foco. Felizmente eles se livraram de tudo isso na reta final do ano anterior e passaram a focar no que mais importa.

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Assim, esta quarta temporada estreou com praticamente todas as atenções direcionadas à bizarra, mas irresistivelmente interessante relação entre Norman e Norma Bates e vem sistematicamente mantendo o alto nível desde o primeiro episódio. Abro aqui um parêntesis para ressaltar a absurda evolução do ator Freddie Highmore com o personagem. Não que ele já não era um bom ator quando foi escalado, mas é que o seu envolvimento com a loucura e a psicopatia de Norman atingiram níveis extraordinários nestes últimos capítulos, indicando que ele realmente dosou de forma criteriosa e cuidadosa o quanto “soltar” a loucura de Norman ao longo de quatro anos.

Igualmente admirável é o trabalho de composição de Norma Bates por Vera Farmiga, que constroi sua desequilibrada, mas ao mesmo tempo incompreendida e perturbada mãe sem uma grande referência prévia. A atriz também atinge aqui um alto nível, especialmente nas cenas em que atua com a personalidade projetada na mente de Norman.

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Os roteiristas encontraram até mesmo uma saída inteligente para permitir a perpetuação dessa explosiva situação no tempo através do romance entre a dona do motel e o Xerife Romero. Explico: como estamos falando de uma série, vai ficando cada vez mais inevitável que as pistas contra Norman acumulem – e como inevitavelmente sabemos o final dessa história, essa dosagem é essencial, e o envolvimento do policial que já possui tendências corruptas será primordial quando ele precisar encobrir alguma situação.

Mas ainda assim Bates Motel precisa avançar em sua história e começar a lidar com a psicopatia de Norman de uma forma mais proeminente. A mãe de Emma já se foi e o sumiço deve tomar boa parte da segunda metade desta temporada, potencialmente gerando conflitos com Dylan. Me pergunto, contudo, se já não seria a hora da série tomar uma decisão drástica e trazer o importante marco de sua história: a morte de Norma pelas mãos do filho, quando esse assumir completamente a personalidade dupla.

Isso inevitavelmente trará uma sobrevida à produção, ao mesmo tempo em que se reinventará completamente. Será que os roteiristas terão a coragem de fazer isso no final desta temporada? Acompanharei de perto.

4stars

Episódios assistidos: 4×01 a 4×04

10 comments

  1. Quando penso no atraso do canal Universal chega bate um desânimo !!!

  2. Não acredito que a morte da Norman venha nesta temporada! Até porque não teria tanta graça em assistir a quinta temporada sem a Vera.

    Essa sombrinha da Norma! <3 #Euquero #TemLuzinhas

  3. Acho que a Norma deve morrer só no final da próxima temporada.

  4. Ela nao deixaria a série. Mas continuaria só como segunda personalidade do Norman

    O qe seria mtu foda.

  5. Tá muito bom, uma das melhores do momento. Uma pena que não é muito divulgada, se passasse na HBO todos se cagavam por ela.

  6. Nao acho que ela morra agora, talvez mais pro final da serie. Ate porque, eu acho que a serie nao tem intençao de adaptar o arco de Psicose para a TV. E nao acho que a serie se sustentaria sem Vera Farmiga.

  7. Realmente a quarta temporada se mostrou fantástica em relação as anteriores (não que eu não tenha gostado das outras). Ainda bem que não desistiu pra valer. Fiquei até triste quando li que tinha parado na terceira temporada,
    E só uma correção: o correto é psicose, não psicopatia. Norman não é um psicopata.

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