quinta-feira, abril 18 2024

thegoodwife606

[contém spoilers] Era inevitável que em algum momento a impecável sequência de The Good Wife que começou no primeiro episódio da temporada seria quebrada e isso aconteceu com esse Old Spice. Não que ele tenha sido ruim, mas um capítulo com Carrie Preston e Michael J. Fox (que mal apareceu) deveria ser não menos que espetacular. Assim como acontece com Elsbeth Tascione, aqui faltou foco.

A parceria, ainda que momentânea, de Alicia com Elsbeth rendeu os melhores momentos do capítulo, especialmente com ela se desmanchando pelo promotor Josh Perotti (Kyle MacLachlan, Twin Peaks) e vice-versa. O caso da semana, iniciado no episódio anterior, contudo, continuou sem relevância para a trama principal (ao contrário daqueles envolvendo a empresa ChumHum, por exemplo).

E apesar de trazer ótimas tramas potenciais, o capítulo não soube dosá-las com a maestria costumeira. Na campanha, Alicia se viu obrigada a declarar que não é ateia e para isso acabou buscando refúgio na filha cristã – algo que poderia ser muito melhor explorado, especialmente se tivesse mais a participação do sempre inquieto Eli Gold em vez do inexpressivo coordenador da campanha da candidata à promotoria estadual. Já a contenda entre os escritórios Florrick Agos e Lockhart, Gardner e Channing envolvendo a disputa pelo imóvel também deixou a desejar.

Ora, esta era a chance para que ambos os lados mostrassem o que tem de melhor: tanto Diane e Alicia quanto David Lee e Louis Canning, o que foi o ponto alto da temporada passada. No final, após apenas algumas trocas de farpas, pareceu que o lado mais forte – o LGC – baixou a guarda muito fácil, evacuando o imóvel do dia para a noite. Aliás, que Lei locatícia pesada essa onde o locatário tem apenas 24 horas para a desocupação, hein? Tomara que o golpe de volta venha logo

Foi bom, pelo menos, a volta da assistente social que está cuidando do caso de Cary e o susto que ela pregou no sujeito, que começa a demonstrar um comportamento errático e potencialmente danoso. Melhor que isso, contudo, foi ver que Alicia não é daquelas que abandona o navio quando ele está caindo, como Diane fez quando Will foi indiciado. Ainda que não tenha sido um episódio fantástico como os últimos, pelo menos tivemos aquele momento impagável com Elsbeth cantando e dançando ao som de Call Me Maybe. Foi um filler, mas um bom filler, ainda que com pontuais problemas de foco. Que Lemond Bishop (e Peter Florrick) e suas tretas retornem logo para dar uma agitada nas coisas.

3star

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